AULA EM DE 30 JANEIRO DE 2022 - LIÇÃO 5
(Revista CPAD)
Tema: Como ler as Escrituras
Texto Áureo: Lc 24.44
INTRODUÇÃO
- "necessidade de aplicar o texto sagrado em nossas vidas", só há sentido em conhecer a Palavra de Deus se conseguirmos praticar o que a Bíblia ensina, se não for assim, o conhecimento não servirá pra nada.
I - A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA
1. A importância da exegese.
- "Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um texto", assim a exegese significa extrair o sentido que foi usado ao ser escrito o texto bíblico. A Bíblia não pode ser entendida ao pé da letra.
- "deixar que as Escrituras digam o que o Espírito Santo pretendia no seu contexto original", os autores que escreveram receberam a inspiração pelo Espírito Santo, dessa forma Ele é o autor principal.
- "recursos literários usados no texto sagrado", um exemplo desses recursos são as hipérboles usadas por Jesus, como essa: "se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar", Mt 17.20 Aqui Jesus não está realmente afirmando que poderíamos mudar montes de lugares pelo poder da fé, mas Ele usou a figura do "exagero" que para dar ênfase o poder da fé.
2. As limitações dos leitores.
- "estamos interpretando. Isso porque todos os leitores são também intérpretes", ou seja, quando lemos a Palavra de Deus, nós a interpretamos pela luz do Espírito Santo, sendo assim, o Espírito Santo é quem nos guia na correta interpretação.
- "O problema dessa constatação reside nas ideias que trazemos conosco antes mesmo de começarmos a leitura", se refere às nossas convicções, paradigmas e na forma com que enxergamos as coisas de Deus. Se alguém for ler a Bíblia com alguma convicção pré-formada sobre algo, interpretará o texto tentando enxergar nele algo que confirme a sua convicção.
- "nem sempre o “entendimento” daquilo que lemos reproduz a verdadeira “intenção” do Espírito Santo", o Espírito nos ensina a entender a Bíblia, mas se colocarmos nossas crenças pessoais em primeiro lugar, deixaremos de entender pela direção do Espírito e assim podem surgir as heresias. Foi assim que surgiram muitas seitas.
3. A natureza das Escrituras.
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II - PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA
1. Autoridade da Bíblia.
- "a literalidade dos milagres", acreditar na literalidade dos milagres significa acreditar que os milagres aconteceram como estão relatados na Bíblia.
- "atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos Dons Espirituais", alguns segmentos evangélicos tradicionais acreditam que o Batismo no Espírito Santo, bem como os dons, foram somente para o início da Igreja, e que hoje não temos necessidade dessa manifestação, porém, não encontramos nada na Palavra que afirme que a atuação sobrenatural do Espírito Santo cessaria.
2. A iluminação do Espírito Santo.
- "se refere à atuação do Espírito Santo na vida do crente, que o capacita a discernir as verdades da Palavra de Deus", ou seja, capacita a pessoa a entender a Bíblia conforme escreveu o seu principal autor, o Espírito Santo, sendo assim, se uma pessoa buscar na Bíblia conhecimento sem a iluminação do Espírito Santo, essa pessoa vai adquirir apenas conhecimentos filosóficos para a vida, mas se for pela iluminação espiritual, vai adquirir entendimento sobre a salvação.
- "a iluminação não é uma fonte paralela de revelação e nem substitui o exame das Escrituras", algumas pessoas tem o hábito de utilizar a Bíblia como uma caixinha de promessa, sorteando versículos aleatórios, mas fazer isso é um erro, é como ver a iluminação uma fonte paralela de revelação.
- "à medida que estudamos, o Espírito nos concede a compreensão", quer dizer que o Espírito vai nos iluminando a mente à medida em que vamos examinando mais as Escrituras.
3. O valor da experiência.
- "O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo perfeito", sendo assim, o aperfeiçoamento na vida do crente, não ocorre somente com as experiências cristã, mas também com o conhecimento da Palavra de Deus, à medida que a pessoa vai se aprofundando no estudo.
- "o livro de Atos não apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna válida para os nossos dias", mais uma vez combatendo a ideia do cessacionismo, de que os dons teriam cessados após o período da Igreja Primitiva.
- "nem a experiência nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica", não é aceito por exemplo, que apareça alguém agora com ideias de correção da Bíblia simplesmente porque nos dias atuais a Igreja está vivendo uma outra realidade.
III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO
1. A Escritura é sua própria intérprete.
- "Lutero desenvolveu a máxima de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria", quer dizer que, para se entender a Bíblia, devemos buscar as explicações nela mesma, Lutero entendeu que a Palavra de Deus é completa e que não precisa de adendos para o entendimento.
- "estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na compreensão de outro texto", esse método é a "concordância bíblica", onde um texto que apresenta uma ideia, é confirmado por diversos outros que exprimem a mesma coisa.
2. Princípios de interpretação bíblica.
- "Outro princípio refere-se ao contexto, isto é, analisar os versículos que precedem e seguem o texto", aqui vale a pena apresentar algum exemplo de contexto. Por exemplo: quando se afirma: "Eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão." Pv 8.17, quando se lê esse texto isoladamente podemos acabar entendendo que Deus está mandando buscá-lo pela madrugada, porém se analisarmos o contexto entenderemos que é a sabedoria falando, o autor está utilizando uma figura de linguagem chamada prosopopeia.
3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna.
- "Assim sendo, o intérprete não pode criar outro cânon dentro do cânon bíblico", ou seja, a pessoa aceitar que uma parte é inspirada e a outra não, ou que determinado livro está incluído na Bíblia por engano.
- "não cabe ao estudante fragmentar ou relativizar os textos inspirados", a Bíblia possui um contexto geral, ou o que chamamos de "senso comum", ou seja, a ideia de que Deus quer salvar o ser humano e por isso enviou o Seu Filho, a fim de se entregar pela humanidade. Se alguém utilizar uma parte específica para criar uma religião ou grupo com interesses próprios que fira esse contexto geral, será uma seita.
CONCLUSÃO
- "O que a igreja crê e professa deve ser interpretado à luz da própria Escritura.", as práticas e determinações das igrejas hoje devem estar amparadas pela Palavra de Deus. Se algum ministério aparecer com alguma novidade teológica provavelmente está associado a alguma nova revelação e possivelmente será mais uma heresia.
- Faça a revisão.
- Convide os alunos para a próxima aula.
- Corrija o questionário com a classe.
- Ore com a classe.
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